domingo, fevereiro 04, 2007

PROGRESSO

Web ultrapassa TV e jornais como mídia mais consumida no mundo, diz ONU
Estudo da ONU confirma avanço das novas tecnologias no mundo todo. Os meios de comunicação digitais já são os mais utilizados pela população mundial, que dedica a eles mais horas semanais do que à televisão, ao rádio, aos jornais impressos ou ao cinema, informou a União Internacional de Telecomunicações (UIT), ligada à ONU. Em seu relatório "Digital Life 2006" a organização reflete sobre as mudanças introduzidas pela tecnologia no mundo todo.Conduzido entre todos os países que participam das Nações Unidas, o estudo se propõe a analisar o impacto das tecnologias no cotidiano da sociedade a começar por mudanças sociais.
Horas de utilização versus faixa etáriaSegundo os dados do organismo técnico, os menores de 18 anos dedicam aos meios digitais uma média de 14 horas semanais, enquanto reservam 12 horas para a televisão; 6 para o rádio e 2 para os jornais, revistas e cinema. Entre os indivíduos na faixa etária entre 18 e 54 anos, os meios digitais absorvem 16 horas; a televisão, cerca de 13; o rádio, 8; os jornais, 2 (entre pessoas de 36 a 54 anos esse tempo sobe para 3 horas); as revistas, outras 2; e o cinema, 1 hora semanal.A única exceção são os maiores de 55 anos, que ainda dedicam 16 horas à televisão, 8 para os meios digitais, 7 para o rádio, 5 para os periódicos, 3 para as revistas e menos de 1 para o cinema.
Telecomunicações: o avanço da telefonia móvelAlém disso, as comunicações são progressivamente "mais móveis": enquanto cerca de 125 anos se passaram para que houvesse no mundo mais de um bilhão de linhas telefônicas fixas, foram necessários apenas 21 anos para que houvesse o mesmo número de linhas de telefonia celular.O mais espetacular, porém, é que foram necessários apenas mais três anos para somar mais um bilhão de assinantes de linhas de telefone celular, e, em breve, esse número deve chegar aos 3 bilhões. A popularização da telefonia celular é tão extensa, que há uma média de mais de uma linha por habitante em vinte países. Entre eles estão: Luxemburgo, Lituânia, Itália, Hong Kong, Israel, Portugal, Estônia, Cingapura, Islândia, Noruega, Reino Unido, Jamaica, Irlanda, Emirados Árabes e Dinamarca.
Banda LargaO aumento no consumo de mídias eletrônicas tem relação com a crescente penetração de banda larga, afirma o estudo, exemplificando que, em 2005, a conexão mais que quintuplicou em apenas três anos, com destaque para o impulso da banda larga móvel em 2004. Em 2006, o total de conexões de banda larga em todo o mundo atingiu 277 milhões, com 166 países dispondo do serviço e maior concentração na Ásia (41,2%) e na América (32,2%).Ao mesmo tempo, o preço da banda larga e das conexões sem fio diminuiu drasticamente em muitos países.
Por isso, as tecnologias da informação e da comunicação (TIC) ocupam cada vez mais espaço na vida privada. A UIT enfatiza que, além de mais digitalizadas e móveis, as comunicações também são cada vez "mais amplas", pois as redes aumentam sua capacidade de maneira exponencial, o que permite intercâmbios de informação mais rápidos e em mais formatos simultâneos.De fato, já há, em todo o mundo, 216 milhões de assinantes de linhas fixas de banda larga, e mais de 61 milhões de usuários de linhas móveis por meio da telefonia de terceira geração.
Os avanços terão como conseqüência direta o aquecimento do mercado das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) que, em 2006, movimentaram US$ 3,13 trilhões em todo o mundo, e as telecomunicações foram recordistas na geração de negócios: em hardware, foram cerca de US$ 235 bilhões anuais, ao tempo que em serviços, US$ 1,186 trilhão.
Em seguida vem a informática (US$ 379 bilhões em hardware e US$741 bilhões em serviços) e a radiodifusão (US$ 294 milhões em hardware e US$ 295 milhões em serviços).Os avanços na telefonia deverão fomentar, nos próximos anos, tanto novos projetos de transmissão móvel de dados, como serviços de TV no celular S-DMB e IPTV, como promover a inclusão digital, com a massificação de redes WiMax em um prazo estipulado de 6 anos pelo órgão.

Fonte:O Estado de São Paulo (Mar Gonzalo)Redação do IDG Now!

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